29 de maio de 2013

Igreja e sociedade


Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

Dentro dos conceitos apresentados pela tradição bimilenar da Igreja, sua fundamentação está baseada na figura da Santíssima Trindade, na profunda unidade entre as três pessoas, formando uma verdadeira comunidade. O que faz esta unidade é a intensidade vivenciada no amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O papa Francisco, que vem encantando o mundo com seus gestos e expressões de simplicidade, em sua primeira coletiva com os jornalistas, fez uma declaração fundamental sobre a Igreja: Precisamos de “uma Igreja pobre para os pobres”, uma Igreja “da verdade, da bondade e da beleza”. Ele valoriza o papel do jornalista na divulgação da mensagem cristã.

Sentimos a presença da sabedoria de Deus neste momento histórico da Igreja. Significa que ela ainda pode dar uma contribuição positiva para a sociedade. Isto aconteceu no passado e em todas as áreas da cultura, sendo impossível negar uma realidade tão marcante na ciência, na história, na literatura, na área científica, nas questões sociais etc. Houve muita coisa negativa por ser formada de humanos. O mundo faz o caminho do bem e do mal. Não é por acaso que muitos optam pelo bem e não se deixam levar pela maldade, que não condiz com a vontade do Criador. O mal causa destruição e infelicidade para as pessoas envolvidas. Além disto, ele contamina os desprevenidos e desestruturados em sua vida de fé e de cidadania.

O papa Francisco fala de uma Igreja “da verdade”. Os apóstolos tiveram dificuldade para entender que o projeto de Deus é da verdade e passa pela derrota, pelo dom gratuito, como o fez Jesus até a morte. Hoje não é diferente numa cultura que proclama a felicidade como “gozo” descomprometido e individualista. A sociedade é formada por cidadãos que proclamam fé em Deus e outros que seguem diferentes princípios. A Igreja tem por meta, dentro dos ensinamentos de Jesus Cristo, fazer com que todos os cidadãos tenham vida e dignidade. Se não é isto, seu caminho está fora do querer e da vontade de Deus.

Fundo Nacional de Solidariedade recebe projetos até dia 31 de maio de 2013


cflogoTermina no próximo dia 31 de maio (sexta-feira) a primeira etapa para o recebimento eletrônico de projetos de organizações, movimentos e pastorais sociais, entre outros, que queiram solicitar apoio ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) 2013. Os recursos vão de R$ 10 mil a R$ 50 mil, dependendo a abrangência da experiência.
Resultado do gesto concreto da Campanha da Fraternidade (CF), promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o FNS 2013 apóia projetos sociais em todo Brasil cujos trabalhos estejam relacionados com o tema da CF deste ano “Fraternidade e Juventude”.
O Fundo Nacional de Solidariedade é composto por 40% de toda arrecadação da Coleta Nacional da Solidariedade, realizada em todas as dioceses, paróquias e comunidades durante o Domingo de Ramos, dia em que cristãos e cristãs fazem memória a entrada de Jesus em Jerusalém. Os outros 60% da coleta permanecem em suas dioceses de origem e compõem o Fundo Diocesano de Solidariedade.
Para conferir o edital completo e o roteiro orientador clique aqui.

Cáritas Brasileira apresenta resultados do Fundo Nacional da Solidariedade 2012

assembleiaCNBB FNS
Como parte da programação da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada entre os dias 10 e 19 de abril em Aparecida (SP), a Cáritas Brasileira apresentou a prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) 2012.
Maria Cristina dos Anjos, diretora executiva nacional da entidade, lembrou na apresentação que em 2013 se comemoram os 50 anos da Campanha da Fraternidade e 15 anos de consolidação do Fundo Nacional da Solidariedade. “Nesses anos, o FNS recebeu em torno de 47 milhões de reais e apoiou cerca de três mil projetos em todo o país. Quando iniciamos em 1999, a primeira arrecadação foi em torno de 3 milhões de reais. Em 2012 esse valor chegou a 13 milhões de reais”, comemorou.
A diretora ainda ressaltou que desde 2011, a Cáritas firmou uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) que ampliou em 50% os recursos destinados aos projetos produtivos. “É uma nova experiência em que tanto a Cáritas quanto os grupos estão se adaptando a esse novo formato”, comentou Maria Cristina. Ela ainda afirmou a necessidade de revisão dos critérios do FNS, além da necessidade de maior publicidade dos resultados e formação de agentes para contribuir com os grupos na elaboração dos projetos, no acompanhamento e no monitoramento da execução dos projetos.
“Estamos felizes com a caminhada do FNS, pois acreditamos que ele tem sido uma ferramenta importante na caminhada de muitos grupos, comunidades, pastorais e movimentos sociais em todo o país”, destacou.

Corpus Christi

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Na próxima quinta-feira, dia 30 de maio, celebramos a festa do Corpo e Sangue de Cristo, também conhecida como festa de Corpus Christi. É uma festa típica da Igreja Católica e tem por motivação promover a fé na presença do Cristo Ressuscitado nas espécies do pão e do vinho consagrados.

Em cada missa, quando o padre toma o pão nas mãos e pronuncia as palavras: “Tomai todos e comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós”, e, depois disso, ao tomar o cálice com vinho e proclamar:
“Tomai todos, e bebei! Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados: fazei isto em memória de mim!”, entendemos que se dá o milagre da transubstanciação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo.

Como católicos, cremos que, a partir daquele momento Cristo se faz presente no pão e no vinho consagrados. Por isso, nós o podemos adorar na hóstia consagrada, sem incorrer em ato de idolatria. Também por isso nós promovemos a adoração ao Santíssimo Sacramento em vários momentos do Ano Litúrgico, particularmente na noite da quinta-feira santa e na festa do Corpo e Sangue de Cristo.

Neste ano, a festa de Corpus Christi tem um caráter especial por ocorrer dentro do Ano da Fé, proclamado pelo Papa na comemoração dos 50 anos de início do Concílio Ecumênico vaticano II. Sem esquecer que o centro da fé cristã é a profissão da fé na trindade do Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a Igreja professa a presença real de Cristo na Eucaristia.
E esta presença permanece fora da celebração, razão pela qual a Igreja conserva “com o máximo cuidado as hóstias consagradas, expondo-as aos fiéis para que as venerem com solenidade e levando-as em procissão” (CIC, n° 1379).

João Paulo II ensinou que “Jesus nos espera neste sacramento do amor. Por isso, não regateemos (não pechinchemos) o tempo para ir encontrá-lo na adoração, na contemplação cheia de fé e aberta a reparar as faltas graves e os delitos do mundo. Que nossa adoração nunca cesse” (CIC 1380).
Aproveitemos a festa de Corpus Christi, que acontece na semana que sucede a festa da Santíssima Trindade, para nos unirmos como cristãos e professarmos publicamente a nossa fé na presença de Cristo em nosso meio.

É particularmente significativa a atitude de paróquias e comunidades que se reúnem em uma única e grande celebração nas cidades, para assim testemunharem a comunhão do povo cristão, que é um dos desejos latentes na festa de Corpus Christi.
E é também significativo o povo caminhar em procissão pelas ruas da cidade, seguindo os passos do Cristo Eucarístico que está presente na hóstia consagrada, animado pelo canto:
“Eu te adoro Jesus hóstia! Eu te adoro, Deus de Amor”.

Que o Deus Amor, que é a Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, anime e fortaleça a todos na fé da presença real de Cristo na Eucaristia, e nos torne mensageiros de um mundo de paz e comunhão!

Trindade Santa

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
"Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura, batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".

Nosso Deus é Uno e Trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Um só Deus e três pessoas distintas, que agem com a mesma força, intensidade e graça. Têm a mesma natureza e substância. Agem inseparavelmente, na mais perfeita unidade.

Estamos diante do mistério central de nossa fé: o mistério da Santíssima Trindade. Muitos teólogos e estudiosos buscam palavras que possam expressar e explicar tal mistério. Uma das histórias mais interessantes sobre essas tentativas está em Santo Agostinho. Embora a Trindade seja um mistério a ser adorado, contemplado mais que explicado, não se deve deixar de lado a busca de compreender ainda mais a Deus, que não quis esconder-se, mas, em toda a história humana, se faz revelar. Conta a história que certo dia, estando Santo Agostinho a meditar numa praia do norte da África, encontrou um menino, ainda criança, com uma pequena conchinha, tentando colocar o mar num buraquinho na areia. Após contemplar por um instante aquele esforço todo, Agostinho vai até o menino e lhe diz que é impossível tal empreendimento, ao que lhe responde o menino, retrucando-lhe, que também ele não conseguiria entender e explicar o mistério da Trindade.

Não conseguimos, de fato, explicar tudo de Deus. Se assim o fizéssemos deixaríamos de ser criaturas e ocuparíamos o lugar de criador. Santo Tomás de Aquino explica que não podemos conhecer tudo de Deus não por falta de luzes, de explicações, mas, por excesso. A revelação de Deus é tão grande e profunda que ultrapassa nossa capacidade de compreender em sua totalidade, visto que Deus é infinitamente maior do que nós e seu conhecimento e bondade em muito nos ultrapassam. Deus é eterno, infinito, ilimitado e tudo pode. Nós somos criaturas limitadas e condicionadas a captar a realidade das coisas segundo nossos cinco sentidos. Certamente se tivéssemos outros, compreenderíamos o mundo sob outros e diversificados enfoques que não aqueles que até agora conhecemos.
A fé em Deus Uno e Trino é afirmada com toda clareza no Concílio Lateranense com as seguintes palavras: "Cremos firmemente e afirmamos simplesmente que há um só verdadeiro Deus, eterno, imenso e imutável, Pai, Filho e Espírito Santo: três pessoas mas uma só essência, uma substância ou natureza absolutamente simples.

Reconhecer a Deus Uno e Trino também implica em várias atitudes para o ser humano. Significa conhecer a grandeza, a soberania e a majestade de Deus, que governa seu povo com braço forte, mão poderosa e coração aberto. Significa viver em ação de Graças. Tudo o que somos e temos Dele nos advém. Tudo que Ele nos oferece é dom gratuito de sua bondade e misericórdia. Significa conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens, pois todos fomos criados à imagem e semelhança de Nosso Senhor. Significa usar corretamente das coisas criadas: fazer com que tudo nos aproxime de Deus e não permitir que nada nos desvie Dele. São Nicolau reza assim: "Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós. Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de vós. Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para doar-me inteiramente a vós". Essa pequena oração nos inspira confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na dor e na adversidade. Significa reconhecer que somos mais felizes e plenos quando vivemos em íntima e perfeita união, amando a todos e querendo o bem de todos. Significa que a Trindade é modelo de perfeição e de comunidade. Que nela encontramos o exemplo das virtudes a que somos chamados a viver.

Busquemos, portanto, na Trindade, a unidade na diversidade; a coragem e a sabedoria para guiar nossos passos no caminho da paz e que o amor seja sempre mais uma realidade em nossas vidas.

19 de maio de 2013

Pentecostes: início da ação evangelizadora da Igreja

Celebrar a descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os apóstolos. É com este objetivo que os cristãos se reúnem no próximo domingo, dia 19 de maio, durante a festa de Pentecostes. Em todas as paróquias da Arquidiocese de Salvador acontecerão missas especiais, mas as principais celebrações serão as promovidas pela Paróquia Santo Antônio Além do Carmo. A primeira será às 8h; às 9h30 os fieis participarão de uma procissão com o Menino Imperador, que sairá do Boqueirão até a Matriz, onde será celebrada uma Missa solene, presidida pelo Bispo Auxiliar Dom Gilson Andrade da Silva, às 10h.
Além das celebrações, durante a festa, o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por intermédio do Menino Imperador, libertará presidiários do Complexo Penitenciário de Salvador. A ação, que completa 243 anos, remete à histórica visita feita por Dom Pedro II ao templo, quando libertou presos.
De acordo com o frei Ronaldo Marques Magalhães, pároco de Santo Antônio Além do Carmo, a Festa de Pentecostes é um momento de renovação. “Para mim, Pentecostes é sempre um renovar. Todos somos convidados a, cada vez mais, assumir um compromisso com a Igreja para evangelizar. Se não estivermos dispostos, a festa não estará condizente com o que aconteceu com Maria e os apóstolos, e hoje esta festa tem a mesma finalidade: ser renovada e continuar a missão de Jesus”, afirma.
 


A solenidade de Pentecostes é um momento importante para a Igreja, pois marca o início da ação evangelizadora junto aos povos de todas as nações. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “no dia de Pentecostes, a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).





Para a catequista Ana Cristina da Silva Almeida, celebrar Pentecostes é, antes de tudo, sentir a presença do Cristo ressuscitado. “A Festa de Pentecostes é uma das mais belas que celebramos. Fico imaginando aquele momento, os apóstolos reunidos com Maria Santíssima no cenáculo e línguas de fogo caindo sobre eles. Deus é, verdadeiramente, maravilhoso”, diz.

#ArquidiocesedeSãoSalvadordaBahia

4 de maio de 2013

19º Maria Jovem

A galera do LA esteve na 19ª edição do Maria Jovem, evento tradicional da nossa igreja aqui em Juazeiro-BA.

Esse é o 2º encontro em que o nosso grupo participa. Muito legal.

#EisAíATuaMãe

Foto: Portal Yes Cristo