25 de janeiro de 2012

Jesus, um Mestre desafiador

Jesus Cristo realmente trouxe uma nova visão para os conceitos humanos. Quebrou nossos paradigmas e padrões. Depois do Filho de Deus, nem o senso comum pode ser visto da mesma forma.
jesus-mestreA São Paulo, após sua conversão, só restou dizer: “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura” (cf. II Cor 5, 17). Tudo se faz novo, um novo olhar nasce a partir do encontro com o Senhor. Ninguém, na história da Bíblia, saiu da presença de Jesus da mesma forma, pois sempre algum desafio era lançado para a pessoa atraída por Cristo, além da transformação natural provocada pela força de Sua presença. Contudo, o mais interessante é que Jesus continua desafiando e atraindo as pessoas para Ele.
Gente humilde, de bom coração, que busca viver de um modo coerente, procurando sempre a verdade. Às pessoas assim, Deus tende a revelar-se.
Nosso Mestre, ainda hoje, traz um modo de viver diferente, capaz de dar sentido à vida, curar relacionamentos e ensinar o servir com gratuidade.
No relato do Evangelho, vemos vários exemplos que mudam os costumes e redimensionam as pessoas a uma releitura do modo como vivemos. Em São Mateus 5, 44, Jesus nos impele: “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem.” Uma nova perspectiva surge com esse mandato.
O desafio está em superar o orgulho e a vaidade. Não basta amar e orar pelos nossos, isso todos fazem; o novo conceito é ir além, ao encontro do outro, amar aqueles que, aos nossos olhos, não merecem atos de caridade; amar quem não nos ama. Isso é revolução no pensamento, transformação do senso comum do homem de todos os tempos. Serviu para as pessoas daquela época, serve também para os homens de boa vontade de nossa época.
Todavia, aos que não se contentam com o ordinário, característica própria da juventude, Nosso Senhor lança desafios ainda maiores. Continuamos em São Mateus, agora capítulo 19, 21 e 22. Um jovem procura pelo bom Mestre, ávido por algo profundo. No entanto, não tem coragem o suficiente para encarar o desafio que lhe é proposto por Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens”.
“Não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais” (Beato João Paulo II)
Com isso, vemos que Cristo tem um intento para cada um de nós, e cada pessoa humana é vista de um modo muito particular por Ele. Foi o caso do jovem rico. Jesus tinha um plano à altura da profundidade do coração daquele jovem, porém, o moço, entristecido, não correspondeu ao chamado do Senhor.
Isso frequentemente acontece conosco. Jesus tem grandes projetos a nosso respeito, no entanto, nem sempre somos audaciosos nos caminhos desejados por Deus. Às vezes, vacilamos, pensamos muito pequeno, nossa visão se limita às coisas da terra. Apegados aos nossos bens terrenos, muitas vezes em nós mesmos, preferimos seguir tristes a aderir ao plano de Deus para nossa vida.
No Evangelho sinóptico de São Lucas, Jesus segue nos admoestando: “E se fazeis bem aos que vos fazem bem, que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores” (cf. Lucas 6,33). Sendo assim, conseguimos compreender que o Senhor não nos quer iguais a todos, tendo em mente que não somos melhores, mas chamados a atitudes diferentes. Cristo Jesus nos convoca para viver uma verdadeira gratuidade em nosso doar-se. Nossas ações precisam ser movidas de compaixão e misericórdia. Servir sem nada esperar.
Como as palavras de Cristo continuam atuais! Percebemos isso com o avanço do capitalismo. Tudo precisa gerar lucro, “tempo é dinheiro”, porém isso fica a cabo dos outros, porque a nós cristãos cabe sermos livres de recompensas.
Viver esta proposta é remar contra a correnteza. E quem disse que Jesus não quis isso? O belo de Jesus é esta provocação, porque Ele sabe que o coração do homem precisa de desafios, de sentido, de ser como todo o mundo entedia. Observamos isso ao longo da história. Quantos homens foram tocados e instigados a viver de um modo diferente! Temos a vida dos santos que foram conquistados por Jesus e souberam fazer a leitura da proposta de Cristo. Deste modo, a vida dessas pessoas servem de modelo para nós, pois viveram na carne esta experiência do encontro com o Senhor, responderam positivamente ao chamado de Deus. Se eles conseguiram, por que nós não iríamos conseguir também?
O beato João Paulo II foi um desses grandes homens que marcaram a história da humanidade. Ele nos incita com belas palavras: “Não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais”. É isso que Jesus quer de nós, altos ideais, juntamente com uma vida instigante.

Você, a castidade e o mundo pornográfico



Como é difícil viver a castidade nos dias atuais, ainda mais quando as diferentes mídias, como a TV e a Internet, se tornam tão acessíveis. Mas não só essas mídias exploram o sexual, ou por que não dizer o pornográfico em nós. Perceba que as roupas que a moda dita, os cartazes de publicidade com suas ambiguidades e tantas outras coisas sempre nos remetem ao sensual, aos prazeres carnais, afinal é do ser humano o desejo de ver e ser visto pelo olhar amoroso do outro. Mas e aí, como viver a castidade e ser santo, quando tudo a nossa volta não coopera para isso e ainda nos mostra como se fosse uma coisa normal?
O próprio Santo Agostinho disse: “Daí-me a castidade, mas não ainda, pois temia que me atendesse muito depressa e que me curasse logo a doença, que eu mais queria saciar do que extinguir.” (Confissões Cap. VII)
“Não permita que o inimigo roube sua santidade, não perca tempo com o imediatismo”
Precisamos lembrar que o nosso principal “órgão sexual” é o cérebro, e é aí que o inimigo usa suas artimanhas para nos iludir com uma promessa de felicidade e de amor. Sabemos que “tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convêm” (I Cor. 6:2) e ainda que “fomos chamados à liberdade, porém não podemos usá-la como pretexto para prazeres carnais” (Gál. 5:13).
Deus ama o pecador, mas abomina o pecado. Ele “não nos chamou para a imundice, mas para a santificação” (I Tes. 4:7), portanto, não permita que o inimigo roube sua santidade, não perca tempo com o imediatismo, no que é passageiro, mas buscai o que é eterno.
Somos “Templo Sagrado de Deus” (I Cor. 3:16) e por mais que seja difícil não nos contaminar com o “belo”, peçamos a sabedoria, o discernimento e a vontade de dizer não a esse “amor de mentira” e sim ao amor incondicional de Deus.

Deus tem a água que nos sacia

Nós cristãos, agraciados pelos carismas do Espírito, somos chamados a vivificar em obras os dons que recebemos de Deus. Essa manifestação dos carismas acontece das mais variadas formas, seja exercendo algum serviço na paróquia que frequentamos ou sendo referência e ponto de apoio em nossos lares (o que na maioria das vezes é o mais difícil).
Independente do “para que” fomos chamados, sabemos que o ato de servir está sujeito também à acomodação. Por consequência, surge o “qualquer jeito”. Sirvo de qualquer jeito, sou de qualquer jeito. Muitas vezes, nossos dons são sufocados pelo ritmo intenso das atividades diárias: faculdade, trabalho, projetos, entre tantas outras coisas. E acaba faltando tempo.
A primeira semente a não dar frutos é aquela que Deus nos deu. Falta-nos tempo para cultivá-la. Surge, por consequência, a justificativa de tantos irmãos: “não me sinto mais motivado, não é mais do mesmo jeito”. Com certeza não é! Não vivemos estagnados no tempo; Deus não age por conveniência, Ele age por necessidade. E a ação d’Ele surge quando você já fez a sua parte. Pela fé, crescemos no Senhor, no Seu amor. Vivemos em constante mudança esperando por Aquele que é perfeito.
“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” (I Coríntios 13,11)
Como você tem tratado o dom que recebeu? Tem buscado regar diariamente a semente lançada por Deus em você? Nenhum ser humano sobrevive sem água, nenhum dom é manifestado em sua plenitude sem perseverança, sem cuidado. É Jesus mesmo quem nos diz:
“Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’ , tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva.” (Jo 4,10)
“Deus tem essa água que nos sacia, Ele tem a motivação que precisamos”
Deus tem essa água que nos sacia, Ele tem a motivação que precisamos. Então, agora cabe a nós pedir e ser saciados, ter Fé e manifestá-la em obras. É fácil? Impossível é que não é. Rever nossos passos também é necessário. Algumas reflexões nos permitem identificar a erva daninha que teima em nascer ao nosso lado e sufoca os bons frutos que temos a dar. Não podemos nutrir a vida que Deus nos deu com pensamentos de “não é mais como era antes”, pois nunca vai ser, irmão. Vivemos em constante movimento, passivos às mudanças externas e internas, mas Deus continua vivo e presente em nossa vida; é Ele quem quer “fazer novo aquilo que você já faz ou fez”.
O primeiro a ser atingido pelo serviço que se exerce na igreja é aquele que o faz. Se o faz bem, certamente a graça passará primeiro por ele. Não queira aparecer mais do que Deus, não busque reconhecimento, não use seus dons para se promover; mantenha sua essência, pois ela certamente é santa.
Um dos artigos do Portal Canção Nova cita um trecho do livro “Words of inspiration”. O Beato João Paulo II diz neste:
“Muitos sabem o que você faz e o admiram e o valorizam por isso. Mas a sua verdadeira grandeza está naquilo que você é. O que você é na essência talvez seja menos conhecido e pouco entendido. Essa verdade só pode ser compreendida à luz da nova vida, revelada em Cristo. Somente n’Ele você será uma nova criatura”.

É nessa certeza que devemos viver. Não paremos no tempo, cresçamos também no amor de Deus; bebamos dessa água viva que Ele nos oferece, alimentemo-nos da Eucaristia e da Palavra , busquemos a motivação diária que Ele está disposto a nos dar. “Pedi e recebereis”.
Deus tem sempre um novo a fazer em nossa vida!

Escolher pra quem torcer


Na vida temos de fazer escolhas.
Imagine-se torcendo por dois times ao mesmo tempo. Com certeza vai haver um grande campeonato e vai chegar um momento em que esses dois times vão se enfrentar. Nesta hora, o que você vai fazer? Vai deixar de torcer ou escolher por um deles? Mas qual vai escolher? É… será necessário decidir se você vai vestir a camisa branca ou a verde.
Ao tomar essa decisão podemos errar e fazer uma escolha precipitada, sem pensar direito, e optar pelo time que vai perder. Para torcer para um time é preciso deixar os outros. Não é preciso odiá-los, mas amar mais aquele que você escolheu.
A vida também é assim. Se assumimos seguir Jesus, tem de ser por inteiro, é doação total e precisa de renúncia aos outros times. Essas escolhas podem ser de momento: uma Missa ou uma festa? Mas podem ser para a vida toda: seguir Jesus ou viver de prazeres momentâneos oferecidos por pessoas ou coisas contraria a Deus? Só podemos torcer por um time. Para qual você torce hoje? Seria capaz de negar, renunciar outras coisas para assistir, torcer e participar de um jogo do seu time?
Vale pensar como está sua vida. Se você optou pelo time de Cristo, tenha a coragem de vestir a camisa e levantar a bandeira d’Ele, deixar tudo o que o afasta d’Ele para segui-Lo. Vamos torcer juntos para este time. Você tem coragem?

Esperar em Deus não é loucura


Em todas as etapas da vida somos confrontados a falar de nossas conquistas, sejam elas materiais, pessoais e/ou intelectuais. O mundo nos cobra uma postura e posição de destaque em meio a tudo. Mas quando essas expectativas são frustradas por parte de quem as faz, há um julgamento cruel. Somos rotulados de inutilidade, excluídos do “grande grupo”. Somos diferentes.
Os filhos de Deus nasceram para dar certo, mas que certo é esse? Geralmente, a escala usada como medida hoje é aquela que a sociedade nos impôs como sinônimo de realização. É bem sucedido aquele que tem mais dinheiro, fama, popularidade, bens materiais, ou seja, os que vivem os “prazeres da vida”. A cada dia surgem novos indicadores de “sucesso”. A corrida desenfreada para conseguir tudo isso em curto prazo não resulta no objetivo que antes era primordial: a felicidade.

Vivemos nos projetando para os outros em palavras de autopromoção, acreditando em uma verdade que, muitas vezes, não é a nossa, que não nos faz bem. O pensamento imediatista faz da vida um anseio constante para o que nos é ofertado diariamente, uma busca sem fim por “coisas” que nunca nos contentam. Prazer imediato = “felicidade” passageira.
É natural haver crescimento e prosperidade em meio a tudo o que fazemos quando colocamos Deus no centro de nossa vida, porque nossos projetos não são nossos, mas é o plano do próprio Deus para nós. O “dar certo”, sob uma visão cristã, é bem diferente da visão deturpada da sociedade. Muitas vezes, nós cristãos temos de esperar em Deus para receber a resposta ou a bênção que tanto pedimos, pois Ele prepara o caminho para a que a graça chegue no momento certo. Quando somos agraciados, sabemos reconhecer a obra do Senhor e a desfrutamos em sua plenitude. Esperar em Deus não é loucura, mas agir na certeza de que acontecerá o melhor no tempo certo. Contudo, hoje muita gente prefere correr para o mundo do que esperar em Deus.
“Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios.” (cf. Romanos 8, 28.)
Sabe aquele vazio que não preenchemos com dinheiro, coisas nem pessoas? Pois é, Deus preenche!
Essa cobrança desleal dos padrões de ostentação atual nos inferioriza e coloca nossa vida em segundo, terceiro…último plano. Deus está em que colocação em nossos anseios?
Não coisifiquemos nossa vida nem a do outro, pois somos filhos de Deus, capacitados, dotados de inteligência, dons e carismas com um potencial imenso para fazer a diferença no ambiente que estamos inseridos. Não somos iguais, temos natureza divina. Deus, mesmo sabendo o caminho que nos faria feliz, deu liberdade para nossas escolhas. Não deixe que alguém roube isso de você.
Tenha certeza de que o Senhor suprirá suas necessidades, pois nem tudo que pedimos é o que precisamos. Ele certamente vê e chega exatamente onde nos falta.
“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas as coisas vos serão dadas por acréscimos” (Mateus 6, 33).
Muitos procuram a chave para felicidade em lugares errados, e, às vezes, tem-se a ilusão de tê-la encontrado. No entanto, logo damos conta de que algo ainda nos falta, e a procura continua. A felicidade é algo complexo, abrange uma plenitude que contempla todas as particularidades do nosso ser. Eis que há uma chave-mestra, responsável por unir todos os segredos e combinações em uma única solução: Deus. Eis o caminho: “Ser aquilo que Deus quer”! Ele sempre quer o melhor para nós e sabe, ao certo, a glória que está guardada para Seus filhos.
“Pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3,3).
Tenhamos a certeza de que nossa vida está em Deus, e o melhor: na vida eterna!

Namoro: um sentimento semeado com Deus

Poucas pessoas entendem verdadeiramente o sentido de um namoro. Muitos pensam em só curtir, outros querem alguém para estar ao lado; outros ainda veem o companheiro apenas como um objeto de prazer totalmente carnal. Mas poucos encaram o verdadeiro sentido do namoro enquanto tantos se deixam levar pelo mundo.
namoro-destraveNós possuímos, naturalmente, um espaço vazio dentro de nós que precisa ser preenchido por algo ou por alguém. Deus fez o homem e deste a mulher para completá-lo. Esse vazio dentro de nós necessita ser preenchido por alguém em quem confiamos e que esteja disposto a viver ao nosso lado e fazer disso algo que vem de Deus e para Deus. “Pois como a mulher foi tirada do homem, assim também o homem nasce da mulher, e tudo, afinal, vem de Deus” (I Coríntios 11,12).
A amizade é o começo de todo relacionamento, o amor Philos (amizade no grego moderno, um amor virtuoso desapaixonado) é o primeiro passo para a relação de qualquer casal. A amizade é algo muito importante, pois é nela que começa os primeiros passos de sentimento que muitos experimentam; é a vontade de conversar e estar perto. É do Philos que começa todo caminho para um namoro.
Muitas pessoas já me questionaram sobre a importância de rezar antes do namoro; outras ainda têm dúvidas sobre essa importante etapa. Para esclarecer melhor, vamos mudar a palavra rezar para discernir. Quando o casal de amigos decide tomar esse passo, o diálogo é indispensável à convivência.
Essa fase começa quando o casal começa a se conhecer e a entrar na intimidade um do outro; começam a perceber defeitos, qualidades e feridas, começam a conhecer a vida da pessoa mais profundamente. É indispensável a oração conjunta do casal.
Quando estes buscam a santidade, precisam ser muito íntimo de Deus e colocá-Lo no meio de toda a fase do discernimento. Com tudo isso, da convivência e da oração conjunta do casal de amigos – que já não são só amigos -, começa a brotar o amor Eros (do grego moderno “erotas”, “amor romântico”). É quando vem aquela paixão gigantesca; quando começamos a sentir que aquela pessoa que está ao nosso lado preenche o vazio que há no nosso coração; então, sentimos a sua falta nas vezes que ela ou ele não está por perto.
“A amizade é o começo de todo relacionamento. É o primeiro passo para a relação de qualquer casal”
Da amizade para o namoro começa a verdadeira luta. O casal de namorados precisa viver um esquema mais ou menos assim: homem + Deus + mulher. O Senhor tem de ser o alvo do casal; Ele tem de ser o centro de tudo na vida dos namorados. “No entanto, diante do Senhor, como a mulher depende do homem, assim também o homem depende da mulher” (ICoríntios 11,11).

A Palavra de Deus nos fala em IJoão 2,14: “Eu vos escrevi, jovens: sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o maligno”. O jovem que reza abala o inferno; o casal jovem que está disposto a consagrar sua vida a Deus, destrói o inferno. O inimigo se incomoda e os combates são constantes para o casal. A afetividade é o principal alvo dele, por isso é importante a oração, a vigilância e a prudência dos namorados.
O mais belo do namoro é saber que temos alguém que está disposto a viver ao nosso lado e junto de Deus. Ter alguém que sofre conosco, que chora e reza junto de nós nos prepara para a maior e mais verdadeira vocação: o casamento. O casal se torna um só e gera frutos, que são os filhos, para que sejam jovens e derrubem o inferno.
Deus nos fez para sermos felizes, por isso é importante essa união com Ele. O casal de Deus que não reza, não permanece em pé.

Qual o melhor caminho?


Muito mais do que se sentir bem ao lado de Jesus, devemos nos sentir amados por Ele. Nossa missão como evangelizadores é muito mais do que servir, é se entregar verdadeiramente nos braços de Deus Criador.
Todos os dias acordamos e nem ao menos conseguimos imaginar o que Jesus tem preparado para cada uma de nós. A única opção que nos resta é orar pelo dia que se inicia e caminhar segundo o que é pregado a cada um de nós.
Batalhas são somente obstáculos impostos em nossa vida para nos desviar dos caminhos de Deus, mas a maturidade que nos envolve deverá ser gradativa com o passar do tempo.
Decidir verdadeiramente qual caminho seguir é opção particular. O certo e o errado são revelados a cada um de nós pelo próprio Jesus Cristo segundo Seu Evangelho. O que devemos ter total consciência é que o que plantamos no hoje será fruto no amanhã, sendo bons frutos ou não.
“Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis” (Mt, 7, 16-20).

O grande desafio da juventude

Ser jovem nos dias de hoje é um grande desafio, principalmente quando temos de lidar com tantas decisões difíceis e também com nosso próprio amadurecimento, mas sem se perder dos sonhos e da personalidade.
O que mais tem sido arrancado do jovem é a sua capacidade de sonhar, ter sua própria opinião e estilo. Se hoje a atriz da novela usou um penteado diferente, amanhã muitas são as jovens que a imitam; se o cantor usa um penteado para o lado tampando os olhos, muitos são os que usam também. Suas personalidades não são mais formadas, são ditadas pela moda e pela mídia.
A grande pergunta é: “Jovem, onde estão os seus sonhos, o seu estilo e a sua maneira de pensar e agir?” Como não perguntar: “Será que você é feliz seguindo um caminho predeterminado?”.
Ser jovem é se descobrir, é buscar uma direção a seguir, amadurecer com liberdade e seguir os sonhos com coragem e liberdade. Se no seu coração há sonhos abafados ou esquecidos, é momento de reacender a chama, de lutar por eles. A sua vontade de ser feliz precisa ser maior do que o seu medo de não ser aceito por ser diferente. Você precisa se libertar para ser feliz. O meio mais eficaz é lançar-se nos braços de Deus, pois Ele é o único capaz de libertá-lo e conduzi-lo rumo aos seus sonhos e à paz que você tanto espera encontrar.
Imagine uma pessoa que tem o sonho de pular de paraquedas. Ela pensa, planeja, olha para o céu, mas descobre que aquilo não vai agradar aos seus “amigos” ou ” está fora de moda”. Então, para agradar e não ser criticada, abafa seu sonho e não tira os pés do chão, assim como uma águia que sonha alçar vôo, mas prefere ciscar o chão como uma galinha.
Quando um sonho é perdido, nasce uma alma infeliz que disfarça um sorriso para esconder sua frustração de não ser livre e, assim, ser aceita por aqueles que a rodeiam, mas que não a ama de verdade. O verdadeiro amigo pula com você ao invés de lhe prender ao chão. Liberte-se e seja feliz!

Qual a diferença entre amor e apego?

Creio que sempre é momento para se perguntar sobre a autenticidade do amor que se sente pelo outro: afinal, eu amo ou eu sou apegado à(ao) minha(meu) namorada(o)?
Esse questionamento confunde a todos, principalmente quando se está dentro de uma situação onde se faz o papel da pessoa apegada. Por isso, antes de tudo, é necessário esclarecer o que é apego nesse contexto, bem como o amor.
O apego surge quando há uma paixão sem limites por alguém. Agarramo-nos ao outro de modo exagerado e ele se torna o centro de nossa vida, então, esquecemo-nos de nós praticamente. É, por exemplo, uma vontade de controlar a(o) parceira(o), querendo saber o que ela(e) está fazendo, onde está e com quem.
Isso é capaz de gerar desconfiança, medo demasiado de perder o(a) namorado(a), ciúme imperativo, entre outros sentimentos desconfortáveis.
Por outro lado, o amor nos conduz à liberdade, ao domínio sobre nós mesmos. É como uma verdadeira amizade – e isso é essencial no namoro. Quando se é amigo de alguém, respeita-se o espaço do outro, dando a ele a oportunidade de ir ao nosso encontro. Logo, o afeto nasce e a relação desabrocha por si só. Sem pressões, sem receio.
Ouça: Padre Eliano fala sobre amor e apego
Como é possível fazer alguém feliz, se não é deixado um espaço para o outro seguir seus próprios passos?
O trecho “Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão” (Gal 5,1) se encaixa bem neste contexto. O apego é como uma corrente que nos aprisiona ao mundo das emoções.
É claro que se concluir que existe grande apego pela(o) namorada(o), nem sempre é necessário terminar. Basta refletir, criar coragem e mudar a situação.
Namorar é caminhar junto de alguém que foi escolhido legitimamente e séria. E para namorar é preciso ser livre. Porém, como diz o Professor Felipe Aquino em seu livro, “Namoro”, “você não estará livre enquanto qualquer amarra o impedir de caminhar”.
Por isso, busquemos a própria liberdade e assim traremos a liberdade para o outro. Aprendamos a amar!

(Thiago Thomaz Puccini)

Deixa logo essa vida de pecador

A infelicidade entrou no mundo como um dos maus frutos do pecado. Deus nos criou para a felicidade, para a liberdade e a paz, mas tudo isso nos foi arrancado pelo pecado e suas consequências.
Quanto mais mergulhamos no pecado, tanto mais nos sentimos vazios e frios. O pecado é ilusão, um prazer sem consequências, que, na maioria das vezes, leva à dependência e à escravidão.
Iludidos pela falsa sensação de liberdade buscamos cada vez mais o pecado na pretensão de saciar nosso coração, mas, em vez de nos encher, só nos machucamos e nos destruímos no corpo e na alma. Assim como o usuário de crack, que, dependente da droga, o usa cada vez mais, não porque quer, mas porque está viciado no falso prazer, buscando-o sem medir as consequências. Dessa forma, somente se destrói e deixa de viver. Todo pecado é assim.
Por isso, para reencontrar a felicidade e transformar sua vida, é preciso romper com o pecado, tirar essa barreira, travestida de liberdade, e encher-se de Deus, fonte de verdadeira felicidade.
A história do filho pródigo é, na verdade, a nossa própria história. Ele, ao gastar sua herança e se ver sozinho e tendo apenas a lavagem dos porcos como alimento, se lembra de que tem um pai e volta em busca de reconciliação. Agora, humilde, ele pode reconhecer que ali é seu lugar. O pai, então, o acolhe com uma grande festa e lhe restitui a dignidade e tudo aquilo que já era seu.
Da mesma forma, precisamos voltar, pois o Pai nos espera de braços abertos, ansioso por nos fazer felizes, Ele é o único capaz de saciar a nossa alma, curar nossas feridas, nos encher de paz e nos fazer livres verdadeiramente.
Não desanime ainda! Não! Você tem um lindo futuro pela frente, dê essa chance ao Senhor que todas as tardes o tem esperado e vai esperar quanto tempo for preciso. Dê a Ele essa chance de fazê-lo feliz, abra o seu coração e deixe-se amar. O Senhor não o julga por ter ido embora, tudo que Ele mais quer é você de volta, deixe-se remir por Ele.

A cruz da JMJ | O início

Em 1984, durante o encerramento do Jubileu da Redenção, uma cruz diferente se destacou ao lado do altar principal da Basílica de São Pedro. Foi o Papa João Paulo II que a quis ali, para que todos pudessem vê-la. Trata-se de uma cruz de madeira, medindo 3, 80 metros de altura, que foi entregue aos jovens logo após o Papa fechar a porta santa do jubileu daquele ano.
Cruz dos Jovens atravessa a porta santa no encerramento do Ano Jubilar de 1984
Ela é conhecida como a “Cruz do Ano Santo”, a “Cruz do Jubileu”, a “Cruz da Jornada Mundial da Juventude”, mas muitos a chamam de “A Cruz dos Jovens”, porque lhes foi dada para que a levassem a todo o mundo, em cada local e em cada tempo, atravessando gerações, fronteiras e limites geográficos, políticos e de fé, proporcionando a muitos jovens um encontro pessoal com Cristo.
Ao entregá-la aos jovens, João Paulo II pronunciou estas palavras:
“Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.
Rapidamente, o público juvenil atendeu o pedido do Santo Padre e começou a levá-la em viagem pelo mundo. Em 1984 ela faz a sua primeira peregrinação a Mônaco, a Alemanha e, no mesmo ano, os jovens a levam para Lourdes, Paray le Monial, Paris e outras cidades da França e depois de novo à Alemanha.
Ouvindo a notícia de que a cruz estava peregrinando em vários países, o saudoso Pontífice polonês declarou: “É preciso que ela vá a Praga, ao Cardeal Tomasek”. Nesta época a então Tchecoslováquia estava sob o poder do Comunismo, sendo considerado um dos países mais fechados do planeta, fazendo parte da chamada “Cortina de Ferro”.
Em 1985 um grupo de jovens alemães conseguiu introduzi-la para além da “Cortina de Ferro” entregando-a ao Cardeal Tomasek, tornando-se assim o símbolo da comunhão com o Papa e sinal de que não há portas fechadas para o Evangelho.

A Cruz Peregrina atravessa gerações e fronteiras levada pelos jovens
Em 1985 a ONU anuncia o Ano Internacional da Juventude, e João Paulo II convoca mais uma vez os jovens a Roma para a celebração do Domingo de Ramos desse mesmo ano. Na presença da Cruz do Ano Santo, João Paulo II dirigiu estas palavras a mais de 300 mil jovens:
“Nesta Cruz, vemos a nossa redenção, vemos a vitória do amor sobre o ódio, vitória da paz sobre a guerra, sobre a violência, vemos a ressurreição”.
No decorrer desse ano da juventude de 1985, os jovens atenderam mais uma vez o pedido de João Paulo II e a cruz começou a peregrinar em diversas partes da Europa, como Itália, França, Luxemburgo, Irlanda, Escócia, Malta e Alemanha; e em cada um desses países, sendo protagonista de vários encontros juvenis.
Este é o início da história da Cruz dos Jovens, a Cruz Peregrina, sinal da esperança ao público juvenil e a toda a humanidade. A cruz está cumprindo o seu papel de lembrar ao mundo que só em Cristo há salvação e redenção.

12 de janeiro de 2012

Monsenhor Jonas Abib



Essa é a hora de afirmarmos nossa fé em Jesus Querem nos impor um outro 'cristo' que não é Jesus. Com muito jeito e com muita persuasão, querem nos fazer esperar outro 'cristo'. Dizem mesmo que a humanidade inteira sempre esperou por um messias, mas não percebeu que não existiu apenas um, mas vários, dentre eles Jesus. Dizem até que Ele permaneceu por trinta anos no Oriente para adquirir conhecimentos. Tudo para confundir os próprios cristãos.


Essa é a hora de afirmarmos nossa fé em Jesus, o Filho Único de Deus. Por amor a nós, Ele despojou-se de Sua divindade. Nunca deixou de ser Deus, mas se despojou de Sua natureza divina. Veio ao mundo, fez-se homem como nós: assumiu a nossa humanidade em tudo, menos no pecado (cf. Hb 4,15b).

Tomou nossas dores, nossos trabalhos, nossas dificuldades, nossa pobreza. Passou a vida pregando o Reino de Seu Pai, trazendo-nos a verdade. Foi vítima de Seus inimigos. Tramaram contra Ele, quiseram prendê-Lo, condená-Lo, mas Ele se entregou livremente. Morreu na cruz para comprar vida por vida. Para comprar a nossa vida, Jesus deu a própria vida. Não fomos comprados por ouro ou prata, mas pelo Sangue de Jesus Cristo. É nesse Jesus que nós cristãos acreditamos!

Deus o abençoe!

11 de janeiro de 2012

A juventude é o maior tesouro da humanidade

 
 
Em que estado ela se encontra?
“Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, pois isso é justo” (Ef 6,1).
A juventude é chamada de “a flor da idade”, porque é bela, forte, pujante, cheia de vida e desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias, porque não sabem o sentido da vida e porque não lhes foi mostrada a sua beleza conforme a vontade de Deus.
Muitos ainda não sabem o valor que têm, por isso desprezam sua própria existência e a dos outros. Perdidos no tempo e no espaço, debatem-se, muitas vezes, no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso e de outras mazelas.
O maior tesouro da humanidade é a sua juventude. No entanto, em que estado ela se encontra? A quantas anda este tesouro de carne e espírito? Tenho-o visto desprezado, entregue às drogas, ferido pelas armas, destruído pelo álcool, carente de amor e de vida. Que belo tesouro desvalorizado!
O jovem não tem o direito de abandonar-se ou deixar sua vida se estragar; pois ele é a mais bela obra do Criador. Muitos já perderam o magnífico sentido da vida, mas Deus tem um plano e uma vontade para a vida de cada um.

O Batismo



O que é ser batizado no Espírito Santo? Desde seu batismo, Deus está em você. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em você. Mas não basta, pois é preciso que esse Deus, que está em você, venha à tona. De que adianta você ter um poço e não tirar água dele? Da mesma forma, de nada adianta Deus estar em você se Ele não se manifesta em sua vida. O batismo no Espírito Santo é isto: o Espírito, que já está em você, vem à tona. Como disse Jesus: “Do seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7,38b).


A partir do batismo no Espírito Santo, tudo começa a mudar! “Mandas teu espírito, são criados, e assim renovas a face da terra.” (Sl 104,30)


Essa renovação da face da terra começa a partir da nossa renovação dia após dia. Essa renovação é carismática, pois é feita com as armas mais poderosas de Deus: os carismas, os dons do Espírito Santo. É só abrir o livro dos Atos dos Apóstolos e veremos quantas maravilhas!


Deus o abençoe!

O que fazer?

Decisões não são fáceis de ser tomadas: Faço tal coisa agora ou depois? Trabalho ou estudo? Medicina ou moda? Caso ou compro uma bicicleta?
A liberdade que Deus nos deu, ao sermos criados, nos coloca no caminho das decisões, e quanto mais o tempo passa, tanto mais sobra para nós mesmos decidirmos o que queremos da nossa vida.
Quando crianças nossos pais decidiam por nós onde iríamos estudar, o lugar em que iríamos passear, que roupa vestir e muitas vezes até o que comer. Ao nos tornarmos jovens somos nós que passamos por essas escolhas, e creio que na juventude é o momento mais precioso das decisões, pois o que decidirmos hoje poderá durar a vida toda: faculdade, profissão, namoro e casamento.
Por isso ao chegar diante de um desafio, de uma escolha, opte por escolher a Deus! Direcione a sua oração ao coração de Jesus, confirme o pedido que você faz na oração do Pai-Nosso: “Seja feita a VOSSA vontade” e deixe que Ele o direcione.
Mas como eu sei se a minha decisão foi a decisão de Deus? Deus é amor, Deus é alegria. Se você se coloca na vontade do Pai, o caminho a decidir é o que lhe traz felicidade e paz. Lembrando que o caminho de Deus Pai não é o mais fácil, mais Ele supre seus desejos, dando-lhe paz, alegria, compaixão. O Senhor só nos dá a felicidade.
Todos os dias temos decisões a tomar, umas mais simples, outras difíceis… Vamos provar isso então: Pense: qual a sua dificuldade de escolha hoje? Coloque diante de Deus as alternativas que você tem para isso. Converse com o Senhor agora neste momento. Peça que seja feita a vontade d’Ele diante de sua decisão. E peça que Ele lhe mostre, no tempo certo, o caminho que você tem de seguir.
Deposite sua confiança nesse Deus, que o salva, o ajuda e lhe dá coragem de viver! Amém!
 
Sagrado Coração de Jesus, eu confio e espero em Vós!

Vocação: chamado de Deus


Vocação significa chamado: Alguém chama e alguém é chamado. Há uma ligação íntima entre aquele que vocaciona e aquele que é vocacionado ou chamado. Quem vocaciona dá a vocação e alimenta a chama do vocacionado.
A vocação, sem a qual nenhuma outra nos enriqueceria, é o chamado a existir, à vida. A vida humana, segundo a Palavra revelada, é dom sagrado, precioso e sublime do amor de Deus. Eis o que afirma a Bíblia: Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. (Gen 1)
A Bíblia ratifica a Vocação à vida humana como Dom de Deus a cada pessoa e diz categoricamente que “o Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gen 2,7).
A imagem bíblica deixa clara a procedência da vida humana, matéria trabalhada pelas mãos do criador e pelo sopro vivificante do Espírito de Deus moldando à criatura humana em uma unidade perfeita, distinta e diferente Dele, mas criada à sua imagem e semelhança.
Somos chamados à vida, ou seja, a sua, a minha, as nossas vidas são dons de Deus, nós apenas as recebemos da gratuidade de seu amor. Mas… vida dada, vida recebida, o que fazer com a vida? Só temos uma vida e precisamos usá-la bem.
É necessário canalizá-la, a partir da nossa liberdade, iluminada pela fé e em diálogo com a Igreja, para objetivos que discernimos como “a vontade de Deus para nós” .Vocação é um desígnio pessoal do amor de Deus para cada pessoa. Quando Deus nos chamou à vida, no seu coração de Pai, Ele já guardava desde toda a Eternidade um estado de vida, uma graça para enriquecer a pessoa e enviá-la à missão.
Vocação e missão se encontram estreitamente ligados. Por isso, o que importa é discernir a vontade de Deus e abraçá-la. Se esta for o casamento, vamos assumí-la, se for o sacerdócio ou a vida religiosa ou mesmo consagrados como casados, assumamos a postura de Maria: “Faça-se em mim segundo a vossa Palavra”( Lc 1, 38 ).
Na grande vocação cristã há um chamado de Deus dirigido a todos: “sede santos porque eu sou Santo”. No Novo Testamento está escrito “a vontade de Deus é a vossa santificação”. Religiosos, padres e leigos vocacionados, são chamados antes de tudo à santidade.
Jesus nos ilumina para discernir a vontade de Deus, propondo o caminho do amor: “A quem me ama eu me manifestarei”. A vocação à santidade é para todos, ninguém está excluído. No céu entra quem, aceitando o chamado de Deus, se deixa conduzir pelo Espírito Santo e se assemelha, no coração e na prática da vida, a Jesus, aqui na terra.
Mas, vocação, no caminho da Igreja, é chamado de Deus, graça que enriquece o batizado e o convida para uma consagração e uma missão. O primado do ser sobre o ter é o reconhecimento do sentido da vida como o chamado do amor gratuito de Deus, como dom livre e responsável de si mesmo aos outros em Cristo e na atitude evangélica de serviço de Maria. Não fostes vós que me escolhestes mas eu que vos escolhi” (Jo 15,16).
Vocacionados ao sacerdócio, à vida religiosa sob os mais diversos carismas são sempre pessoas amadas pessoalmente por Deus e candidatos à consagração. Ainda hoje Deus continua chamando. Qual sua resposta a Jesus que te chama?


Dom José Palmeira Lessa
Arc. Metropolitano de Aracaju – SE

Não desista do que é certo por causa das dificuldades!


A nós, seres humanos, cabem os projetos do nosso dia, da nossa vida; mas a resposta e a inspiração vêm de Deus. O homem deve planejar, mas para nós que somos cristãos isso também significa interpretar o plano de amor do Pai para conosco. Esse plano vai se revelando pouco a pouco e precisamos descobri-lo.
Existem muitas pessoas que me perguntam: Por que Deus não nos revela tudo de uma vez? Primeiro, porque saber de tudo que vai acontecer na nossa vida seria muito chato. O incrível da vida é a surpresa do dia a dia. Depois, porque existem coisas que só poderemos saber quando estivermos preparados. Saber antes só iria prolongar o sofrimento.
Deus sabe o que faz e só permite o sofrimento para que cresçamos e nos convertamos. O plano de Deus Pai só se realiza na nossa vida se nós colaborarmos com Ele. O plano não é imposto, é proposto. Há muitas pessoas que não aceitam o projeto de Deus e preferem ficar com o seu pequeno [projeto], alegando que a vida é delas e que fazem o que quiserem.
O caminho do Senhor, pode acreditar, é muito melhor que o seu! Os projetos de Deus para a sua vida são maiores do que você pode imaginar e do que os seus desejos humanos possam querer. Você deve sonhar, porque os sonhos nos levam para frente, mas é preciso estar atento à voz do Pai.
Todo caminho tem seus altos e baixos e você precisa de oração para permanecer na verdade. Não desista do que é certo por causa das dificuldades! Tenha misericórdia de você e das pessoas que o amam e pare de insistir no caminho errado!
Como você espera ser atendido por Deus se você vive magoando seus irmãos? Sim, porque, ao insistir em algo errado, as pessoas que amam você se magoam. Qual é o pai que presenteia um filho que vive massacrando o irmão? Normalmente, o pai coloca-o de castigo.
Primeiro, você precisa sair do caminho do mal, depois, persistir no caminho do bem. Porque não adianta sair e, tempos depois, cair nos mesmos erros de antes. Como evitamos isso? No versículo 6 da passagem que estamos refletindo hoje aparece a resposta: “É pela bondade e pela verdade que se expia a iniquidade; pelo temor do Senhor evita-se o mal”.
Confie os seus negócios ao Senhor e os seus planos terão êxito, meu irmão! É na intimidade, no seu encontro com o Senhor pela oração, que você descobre o que Ele quer de você. A demora de Deus também é uma resposta. É uma preparação para você receber o que deseja. O Senhor fez Moisés esperar 40 anos para receber o seu pedido, que era a libertação do seu povo.
Esperar não é fácil, mas essa disciplina que o Pai nos dá ajuda muito no nosso crescimento. Confie seus projetos nas mãos de Deus, faça essa experiência e compreenda que esta Palavra é verdade.


Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

O Catecismo e a Nova Evangelização

 
Em 25/06/1992 o Papa João Paulo II, pela Constituição Apostólica "Fidei Depositum", aprovou o novo Catecismo da Igreja Católica, que ele chamou de " texto de referência" e de " exposição da fé da igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja". O Papa disse que o Catecismo tem muito a ver com a " Nova Evangelização" que ele propôs à igreja para o século XXI, com " novo ardor", novos métodos e nova expressão", e que o Papa Bento XVI tem levado à frente com muita força. Falando do Catecismo, João Paulo II disse: "Sirva ele para a renovação,  à qual o Espírito Santo chama incessantemente a igreja de Deus, Corpo de Cristo". Este é o objetivo da Nova Evangelização, levar os católicos a um amor renovado a Cristo, à igreja , à doutrina católica, etc., e tudo isso pode acontecer se o catecismo for ensinado e vivido com ardor. Aos bispos reunidos em Santo Domingo, em 12/10/92, durante o IV CELAM, o Papa disse:"... recentemente aprovei o Catecismo da Igreja Católica, o melhor dom que a Igreja pode fazer aos seus bispos e ao povo de Deus. Trata-se de um valioso instrumento para a Nova Evangelização onde se compendia toda a doutrina que a igreja deve ensinar" (DSD, 9). Aos Bispos do Brasil, que estiveram com ele, em visita " ad limina apostolorum" em 29/01/1996, o Papa pediu aos bispos: " Deixai-me insistir sobre a conveniência de valerem-se todos do Catecismo da Igreja Católica para uma correta interpretação das verdades de nossa fé". O Papa João Paulo, paladino da Nova Evangelização, pediu à igreja que lance as redes em águas mais profundas (" dunc in altum"-LC 5,4), para ter pesca melhor. E para isso ele pediu que toda a igreja usasse continuamente o Catecismo: " Peço, portanto, aos pastores da Igreja e aos fiéis, que acolham este Catecismo em espírito de comunhão, e que usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé e de apelar para a vida evangélica. O Catecismo da Igreja Católica, por fim, é oferecido a todo homem que nos pergunte a razão da nossa esperança (cf. IPd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a igreja Católica crê. Sabemos que muitos católicos não conhecem a rica e bela doutrina católica, por isso, se deixam enganar pelas seitas e falsas igrejas. Não conhecem os dogmas da fé, o Credo, não conhecem os Sacramentos, os Mandamentos, a moral Católica e a espiritualidade. E o Catecismo nos ensina todas essas verdades. Portanto, o primeiro passo da Nova Evangelização, e que já começou, é levar o Catecismo ao povo, como o Papa João Paulo II desejou.